Descaso Infantil

Esse é um texto que fiz pro mini-game de junho do Animes Shoujo,particularmente gostei,resolvi fazer por merecer e compartilhá-lo com vocês,espero que leiam e que,principalmente,gostem e comentem,no mais é isso,aí está o nosso texto bobinho:
Entrando naquele lugar,saindo do sereno noturno de outono,com os dedos dormentes, mal respirava naquele clima seco, idéias se mutilavam enquanto tentava achar um lugar naquela pequena lanchonete, um clima aconchegante e quente, quase que um amor mútuo. O lugar quase vazio expressa um clima que Eric gostava ainda mais, o som das obsoletas caixas de som trazia alguma música norte-americana dos anos 80,não era ruim,apenas ilustrava a situação. Eric andou quase que como se a mesa ao canto esquerdo do lugar,ao lado da janela,o chamasse. Ele olhou para o lado e lá estava: A lua cheia quase como um olho de uma donzela noturna brilhava sobre ele,e então,ouviu ele gritos,como o olho de uma tempestade se aproximando.
- Sai daqui,seu idiota! Não ta vendo que não quero nada com você? – A garota gritava,desconhecida,costas dadas à Eric.
- Nossa ,gatinha, só queria ajudar, princesa. – A figura não era amigável, só aquele linguajar fútil o enojava.
- Não está ajudando,ser troglodita! Não quero nada com você! Seu imbecil! – Ela parecia irritada, se sentou.
O homem pareceu nervoso. Não sei se foi por intuição, extinto, ou espírito humanitário,mas Eric se levantou e foi até aquela mesa. As músicas antiquadas ilustravam aquele clima retrospectivo,talvez. Colocou a mão sobre o ombro daquela garota desconhecida e forjou um sorriso ator, quase sínico.
- Oi, meu bem. – E sorriu naturalmente de forma absurda. Ela entendeu.
- Oi, achei que você não vinha mais – E segurava a as lágrimas ainda presentes nos seus olhos.
O homem se afastou, a figura sumiu na noite, pelo casaco marrom. Eric olhou a garota e percebeu que sua mão ainda estava no ombro dela, tirou a mão como se estivesse num processador de carnes, não costumava tocar muitas garotas,era sempre negado. Resguardado e em parte tímido, porém, extrovertido e muito comunicativo: esse era Eric. Apesar da momentânea circunstância constrangedora, retomou sua tópica postura começou a discursar:
- Me desculpe, ele te fez alguma coisa? – Perguntou,incerto.
- Não, e obrigado, não sei o que aconteceria se não fosse por você, me desculpe incomodá-lo... – Suas lágrimas por algum motivo ainda caíam.
- Eric. – Completou.
- Desculpe incomodá-lo, Eric. – Confirmou.
- Sem segundas intenções, será que eu poderia me sentar aqui? É difícil comer de forma bem-humorada quando se está sozinho,concorda? Ou está esperando alguém? – A confusão tomava conta.
- Não estou, só vim espairecer, não foi uma noite fácil. – Desabafou.
- Eu sei como é, estou aflito, fiz uma prova pra um colégio técnico hoje, não sei e vou passar...
- Fica calmo, poderia ser pior. – E continuava a se lamentar,percebia isso pelas lágrimas e o forjado sorriso. Eric se sentiu na responsabilidade de acolher a pobre garota.
- Quer me contar o que houve? – Se sentou um pouco mais próximo e se debruçou na mesa, olhando-a atentamente.
- São só alguns problemas familiares, meus pai não é tão legal, mas não quero ser chata, é melhor encerrarmos o assunto. – Pela primeira vez a linda garota sorriu, uma cena que nunca mais sairia da cabeça de Eric.
E a conversa foi, voltou, foi de novo, tropeçou, se levantou e continuou, até que, depois de comerem ela se foi, e Eric se deu conta de que nada sabia sobre a garota chorona, tímida, sorridente, e especial,não era como as garotas que, em seus singelos quatorze anos, já tinha visto. Seria amor à primeira vista? Paixão? Ou mesmo a incerteza de um encontro casual? Este que vos fala não sabe responder.