João aparentava estar desesperado,e estava mesmo. Aquela ceia seria o palco de um momento especial para ele – e para Lolly – por algum motivo,de repente ele começou a aparentar ansiedade demasiada,visto que Lolly ainda se banhava,Emily estava se trocando e todos estavam de alguma forma ocupados. Resolvi acabar logo com aquilo,ali,sentado sobre o sofá xadrez da sala de estar,em meio àquele clima movimentado,levantei-me lentamente e fui até João:
- João,tem um minuto? – Perguntei.
- Tenho até dois – A ansiedade tomava conta.
- É sobre aquilo,podemos conversar um pouco? – Sugeri.
- Claro.
Levantou-se e caminhamos até a porta,passando pela pequena mesa da cozinha,e pelo bom e velho sofá xadrez,andamos mais alguns passos e estávamos de frente à porta de madeira,eu a abri e passei,João veio logo atrás de mim,mais alguns passos pela escada e já estava ótimo: nos sentamos ali mesmo,eu um degrau abaixo dele.
- E aí,como estão as coisas?Já decidiu tudo? – Perguntei,enquanto me abaixava um pouco,enquanto juntava minhas mãos sobre minhas pernas.
- To com medo de que algo não dê certo – Eu não via seu rosto,mas sua voz aparentava certa incerteza.
- Vai dar – Fechei meus olhos por um instante,relembrando alguns momentos meus,depois de uma breve pausa,abri meu olhos e prossegui – Sempre dá.
- Bem,a idéia foi sua,pelo menos posso te culpar – Brincou.
- Amigo,ela vai gostar! – Me virei para trás,podendo olhar nos olhos dele. – Onde está?
- No fundo da minha bolsa. – Ele entendeu a pergunta. Me levantei,bati no ombro dele e completei:
- Espere aqui. – Sorri inconvenientemente.
Subi uns dez ou quinze degraus e já estava no pequeno corredor cujo a luz mal iluminava coisa alguma. Abri a porta e passei pelo sofá – dessa vez com Greg deitado,à vontade – e pela cozinha,virando-me estava de frente para o meu quarto. Eu tinha de ser delicado,pois as meninas estavam no quarto ao lado,meu quarto tinha um guarda-roupas na lateral esquerda,uma estante na direita,com alguns livros,cadernos e canetas,ao meu lado,a minha escrivaninha,de onde saíam os mais mirabolantes projetos,e a minha cama,confortável,larga,encostada na parede,abaixo da janela . De frente para minha cama,estava a bolsa de João. No pequeno percurso,sempre olhava para trás,me certificando de que ninguém estava no quarto,inútil insegurança. Agachei-me e abri a bolsa de João,haviam ali algumas pilhas de roupas dobradas,e lá embaixo estava o pequeno estojo azul marinho,retangular,um estojo para colares. Me levantei e coloquei o estojo no bolso de trás da minha calça,andei até a porta e a abri,refiz todo o caminho de volta e abri a porta,Greg olhou desconfiado. Desci ligeiramente as escadas e entreguei o estojo à João:
- Obrigado. – Exclamou.
- Não por isso – Andei mais um pouco e me sentei o meu antigo posto. – Por acaso preparou algo pra dizer a ela? – Perguntei.
- Sim – Ele respondeu animado.
- Esqueça,vai soar superficial – Depois de um pausa continuei – seja espontâneo,apenas diga o que sente. – Tentei não parecer fútil.
- Tanto assim? – Seu tom de voz mudou.
- Seja lá o que você for dizer,suas pernas vão bambear como dois gravetos,sua garganta vai secar,seu coração vai estar à ponto de explodir e você vai gaguejar. – Ele pareceu surpreso ao ouvir isso. – Levando isso em conta,não adianta preparar nada se não é aquilo que se quer dizer,não vale a pena...
- Obrigado – ele abaixou sua cabeça.
- Não fiz nada. – me levantei e me pus a andar de volta até o apartamento.
Cada pequeno passo dado,me lembrava de uma memória quase esquecida,de momentos dos quais jamais esquecerei. Adentrando o apartamento,pude sentir o clima mudando,entrei no meu quarto e me deitei suavemente sobre minha cama. Minhas memórias compunham uma melodia dramática,e a tensão tomava conta de mim a cada segundo. À medida que o tempo passava,podia sentir o medo me dominar,as paredes do quarto estavam mudando. Eu podia ver manchas vermelhas como o sangue saírem das paredes,eu não ouvia mais nada. A minha distorção mental aumentava,enquanto que eu não sabia mais se estava sonhando ou se estava acordado,eu podia ver por dentre aquelas paredes sujas de sangue,memórias passando por mim. Numa tentativa desesperada de voltar à realidade,pulei da cama,eu não estava sonhando. O delírio e a alucinação não passaram de um breve momento,olhei para os cantos tentando achar algo que justificasse o que acabara de acontecer. Não havia nada,fui até a porta e a abri suavemente,andando pela cozinha,chagando à sala e me sentando naquele pequeno sofá xadrez,pude esquecer de tudo novamente,jogando minhas memórias num baú no fundo do meu subconsciente. Voltei a mim. Estava quase na hora de todos sairmos,me levantei do sofá e fui até a cozinha,indo até a janela – que dava de frente para o quintal de casa abaixo do meu apartamento – onde aconteceria a ceia. Sobre o muro da casa,na rua,podiam-se ver um enorme número de carros parados na rua,muitos daqueles eu já tinha visto em outras oportunidades. Resolvi pegar meu MP3,e descer com os garotos,visto que mais gente chegaria logo. Entrei no meu quarto e abri a gaveta da escrivaninha,lá estava ele,meu inseparável MP3,coloquei o fones no ouvido e o aparelho no bolso direito,a primeira música era “Hells Bells”,abri a porta do quando enquanto a melodia tocava,pude ver mais gente no apartamento,algumas tias estavam ali e recomendaram que eu fosse logo para a ceia. João ainda estava sentado nas escadas,porque não estava ali,apenas Grerg,sem fala nada sinalizei com o polegar para a porta,diante do nosso sofá xadrez. Ele concordou,me virei então,para a pequena porta de madeira,e a abri lentamente,enquanto cantava a música em minha cabeça,balançava minha cabeça suavemente,enquanto virava o corredor que dava nas escadas. Comecei a descer as escadas,João,que ali estava sentado,se virou e sorriu ao perceber minha presença,retribuí. Ainda empolgado com a música,ouvia ao solo de guitarra enquanto abria o portão que dava na casa abaixo,onde comemoraríamos. Estávamos no quintal gramado,andamos até a varanda,vimos que haviam algumas mesas por todo o quintal e varanda. Haviam ali pessoas que eu conhecia,e que eu desconhecia – sem sinal de Matheus – algumas mesas estavam colocadas sobre toda a varanda e quintal,na varanda,de frente para algumas mesas maiores estava um banco vazio,com um microfone colocado,e um violão recostado,sinal de que teríamos música ao vivo naquela noite. Cumprimentamos alguns conhecidos por ali,sem nunca parar a música,cada uma trazendo uma expressão,um sentimento,uma memória. Sentei-me confortavelmente com João e Greg numa mesa,dessas de frente para o nosso “palco”,seria uma longa noite.
- Caras,isso aqui está incrível! – Greg exclamou.
- Estranho seria se não estivesse – encostei os cotovelos sobre a mesa.
João sorriu e concordou,balançando a cabeça,eu o olhava enquanto percebia sua excitação e ansiedade florescendo segundo à segundo. Enquanto olhava o seu rosto inquieto,pude perceber uma figura ruiva se aproximando,acenando para mim com um leve sorriso no rosto. Bruno estava atrás dele,sorriu e levantou uma mão,num sinal de cumprimento,aproximando-se amigavelmente,levantei-me e fui até eles,para recebe-los calorosamente,a empolgação tomava conta de todos. Andei até eles e conduzi um aperto de mão em cada um deles,seguido de palavras de cumprimento:
- Vamos entrando,vamos entrado! - Apontei com o braço para dentro da varanda.
- É claro que vamos! – Bruno completou.
- Idiota... – Matheus brincou.
Andamos até a mesa,a alguns metros dali,enquanto podia ver vários rostos de pessoas trajando roupas diferentes,com diferentes cheiros,essas sensações me deixam zonzo. Me sentei ao lado de Greg,que olhava pra o pequeno palco montado à sua frente – não encontro palavras para distinguir aquele olhar – Matheus se sentou do meu lado esquerdo,e Bruno se sentou na ponta esquerda da mesa,João se sentou à minha frente,com seu olhar ainda expressando tensão e preocupação,pensei em tranquiliza-lo:
- Aí,João,quer refrigerante? – Ele riu dessa minha fala.
- Vou pegar – Se levantou enquanto colocava as mãos sobre a mesa,sorrindo.
- E então?Cadê a Emily? – Bruno me disse enquanto se encostava na mesa,reclinando-se para olhar-me mais cuidadosamente,logo depois,levantou uma sobrancelha,em sinal debochado.
- Se arrumando,eu acho – Falei descontraído,depois virando os olhos,olhei para um homem que chegava, à nossa a frente,prova de que teríamos um pouco de voz e violão.
- Então daqui a pouco estaremos todos juntos,hein? – Matheus completou.
Tirei o único fone de ouvido que eu utilizava,enquanto ouvia a calorosa “She likes rock n’ roll”,para prestar atenção no homem com uma bermuda jeans,sandálias nos pés e um rosto tranquilo,que tirou o violão do seu encosto,sentou-se cuidadosamente começou a tocar. Era uma música qualquer,parecia ser de autoria dele,já que eu toda a minha vida eu nunca tinha a ouvido. Começou a cantar,de fato a música não era boa,não a meu gosto,mas alimentou o clima de festa em que estávamos.
- Que coisa louca,a música nem é tão boa,mas todos estão aparentemente gostando – puxei a corda de assunto.
- Meu caro,precisamos ter um momento de relaxamento ao ano,um momento despreocupado. – Matheus disse enquanto olhava para o canto superior,prestando detalhadamente atenção nos detalhes da decoração.
- Vocês são muitos rigorosos! Eu curto cada momento! – Greg contou vantagem.
Ninguém respondeu. Continuei prestando atenção em cada detalhe dali. Ainda tínhamos algum tempo. João voltou trazendo algumas taças e um litro de refrigerante,colocando-os perto de cada um,servindo-nos logo em seguida.
- Gelado – Comentei,enquanto levava a taça ao nível do meu queixo,depois,tomando um gole,e a colocando novamente sobre a mesa.
- E como... – João completou,enquanto calmamente se sentava no seu lugar anterior,depois de alguns segundos,bebeu um gole,aconchegou-se com a taça no local,enquanto olhava para o homem que tocava à nossa frente. João suspirou.
- Um brinde à vida,e aos refrigerantes gelados! – Propus.
- Um brinde à um dia do ano em que podemos fazer idiotices,como propor um brinde aos refrigerantes gelados, sem sermos reprimidos pela sociedade! – João,em seu nervosismo,brincou.
Os outros entraram no clima e brindamos,com aquelas taças cheias de refrigerantes numa ceia de natal.
Enquanto brindávamos,deixei de notar que o portão havia se aberto e,Emily estava encostada na parede ao lado,linda,indescritível. Seus cabelos cacheados se realçaram quando vi um sorriso que alegrava todo o seu corpo,com sua blusa preta,aberta,seu jeans,e um tênis,não importa,ela estava perfeita. Coloquei os fones de ouvido em forma de cordão,indo até ela,a cada passo,a vontade de roubar um beijo aumentava,me aproximei do muro e pude sentir o vento quase gelado,talvez nem tenha vindo de fora do meu corpo,talvez seja só a sensação de querer beija-la,me arrepiava. Me aproximei com certo anseio,abrindo os braços quase que imperceptivelmente.
- Oi,amor,você ta linda,sabia? – Enquanto falava,sorria envergonhado.
Ela se aproximou do meu rosto,colocou suas mãos quentes em mim,e me beijou. O tempo parou por um segundo,enquanto fechava meus olhos. Abri eles lentamente e pude vê-la sorrindo alegremente pra mim.
- Obrigada. – Encostou a sua testa na minha e rimos.
Conduzi ela até nossa mesa,onde nos juntamos aos outros,mas nem sinal de Lolly ainda. João parecia frustrado por não encontra-la ali,tomava o seu refrigerante ainda mais rápido,quando não havia nada na taça,ele colocava mais,refazendo e refazendo. Ele parecia não agüentar mais,quando o surpreendi.
- Aí,João... – Apontei com o polegar para a minha esquerda,João acompanhou quase que automaticamente esse movimento,de repente,vi o brilho de seu olhos,que havia se esvaído,voltar a brilhar de forma inocente e tímida. O acompanhei na sua jornada de admiração,sorri para ele e me virei: lá estava ela,Lolly,seus cabelos castanhos na altura dos ombros,destacados por um sorriso amigável,sobre aquele vestido azul,suas mãos juntas,demonstrando certo nervosismo,os olhos castanhos brilhavam com um intensidade correspondente a de João. João por um momento,corou e perdeu o fôlego,sua voz falhou,ficou boquiaberto,não só eles,mas como muitos outros garotos dali. Me levantei,recebendo-a apontando um lugar ao lado do de João,ainda vermelho.
- Acho que ele quer dizer “Você está linda!” – Exclamei,debochando.
- Como você está linda... – João completou. Lorena colocou uma mão sobre a boca,na tentativa de esconder os risos.
- Obrigada! – Lorena disse depois de uma pequena pausa.
Levei-a até seu lugar,ao lado do garoto,ainda envergonhado,com a cabeça baixa.Me sentei ao lado de Emily e demos as mãos,ela se recostou sobre meu ombro direito. Acariciei seu rosto por um momento,enquanto nos olhávamos,apaixonados. Resolvi beija-la por mais uma vez,não resistindo àquele rosto lindo.
- Amo você! – Exclamei,sorrindo.
- Eu amo mais,bobão! – Prosseguiu.
Continuamos alguns momentos naquele clima,por alguns minutos,horas,não sei dizer,confesso que quando estou com ela os minutos passam em velocidade acelerada,não sabia mais nem se um minuto tem realmente sessenta segundos. Ao som daquele violão quase que ignorado,e daquela voz grave,que cantava uma melodia apaixonada,provavelmente feita pra nós dois. Me levantei e me coloquei na missão de pegar algo pra comer,ou mesmo um refrigerante,suco,ou o que mais me parecesse comestível. Vi Lorena e João em um clima tenso,incomum. Resolvi fazer algo,enquanto caminhava,chamei João para uma rápida conversa,enquanto nos dirigíamos à cozinha:
- Como está? – Perguntei,erguendo uma mão em sinal de dúvida.
- Não está... – Ele respondeu,olhando para um canto qualquer.
- Então faça o seguinte: chame-a para fora um pouco e faça o que deve ser feito,afinal,é da Lolly que estamos falando,certo? – Isso foi uma afirmação,não uma pergunta.
- Vou tentar... – Demonstrou insegurança.
- Você vai conseguir,cara. – Dei-lhe um pequeno soco no ombro como sinal de afeto,enquanto me coloquei a andar até a cozinha de novo. “Estamos progredindo!”,falei pra mim mesmo,enquanto andava,feliz da vida,atrás de algum pretexto pra puxar Emily pra fora dali. Caminhando até lá,olhei para os lados,procurando algo que eu mesmo não sabia o que era. Encontrei sobre a mesa uma jarra,parecia suco de laranja,revolvi experimentar,estava gelado,com um copo,experimentei,definitivamente,era o sabor de suco de laranja. Peguei outros copos e distribui certa quantidade para mim e Emily,depois,deixei a jarra com o resto do líquido em cima da mesa,seja lá quem tiver feito. Andei de volta lentamente até a varanda,tentando encontrar Emily,mas cheguei a tempo de ver a cena:
As mãos de João acariciavam o rosto de Lolly,deixando a garota corada,ele não sabia o que fazer,os dois estavam em pé próximos a uma árvore,no quintal. Lolly parecia apavorada,não sabia o que fazer,os dois conversavam,enquanto a garota corava,de cabeça baixa,e João não conseguia parar de tremer,fato que percebi de longe. João tirou o estojo azul escuro,Lolly não conteve sua surpresa,João pareceu feliz ao ver isso,quando abriu o pequeno estojo. Dentro dele,tinha um pequeno colar com um pingente em forma de “L”,que ele tanto queria dar à garota,os olhos de Lolly lacrimejaram,João se segurava para não sucumbir à pressão. Lolly ficou sem reação,pálida. Os olhos verdes de João encontraram os de Lorena,que transformara sua palidez em vergonha,com seu rosto agora vermelho,João pegou o pequeno colar e colocou lentamente sobre Lolly,fazendo-a se arrepiar,e seus olhos se fecharem por um momento.João colocou o colar sobre a linda garota e depois a abraçou,sendo retribuído igualmente por Lolly,que também tremia um pouco. Eles se entreolharam,tensos,sem mais delongas se beijaram sem se importar com as pessoas que assistiram,curiosas,os olhos se fechavam lentamente e o carinho dos dois aumentava a cada instante de que seus lábios permaneciam juntos,eles se abraçaram novamente,em seguida,trocaram algumas palavras que não sei dizer o que era,deduzo serem “Eu amo você”,ou coisa do gênero,não pela leitura labial,mas pela cena em que se encontravam. “Missão cumprida”,eu pensei,enquanto voltava meu olhar para Emily,que voltava o rosto da pequena cena e agora me olhava com uma grande alegria no rosto. Coloquei de volta o fone de ouvido do meu MP3 e resolvi voltar para perto de Emily,agora tocava “Fistful of steel”,Rage against the machine,clássico,no mínimo. Me aproximei com o gingado da música:
- E aí,gata,vem sempre aqui? – Brinquei.
- Bobo – Resmungou,enquanto pegava o copo de suco que se encontrava na minha mão,enquanto o entregava a ela.
- Gatinha,e difícil,gamei – Continuei.
- Ah,assim você me sufoca,gato – Brincou enquanto tomava um gole da bebida.
Continuávamos celebrando quando Lolly e João se juntaram a nós,sentaram-se,estávamos todos reunidos,uma legítima festa de natal com os amigos,família e quem mais estivesse ali,foi realmente muito bom,comemoramos,comemoramos e comemoramos,pra variar. Puxei Emily por um momento,até uma árvore,num lugar quase que escuro,iluminado apenas por uma pequena luz na varanda,não o suficiente para sermos identificados,tinha sido tomado por uma incontrolável vontade de beija-la,de sentir o gosto da boca dela na minha. Bem,somos dois adolescentes apaixonados,não somos?!
- Amo você. – eu disse,enquanto nos abraçávamos.
- Eu também – ela disse,enquanto tocávamos nossos lábios num movimento quase que automático,estávamos nos beijando,de forma incrível.
Permanecemos ali conversando e nos beijando por algum tempo,trocando carícias e falando besteiras,rindo.
Voltamos à mesa quase que imediatamente,tentando fugir de tudo e todos,nos sentamos,ela do meu lado,dessa vez,Greg estava na minha frente. Me senti embaraçado para perguntar,mas precisava saber do que se tratava,resolvi arriscar,soltando a mão de Emily,enquanto sentados,perguntei:
- Greg,tem um minuto? – perguntei acanhado,enquanto me levantava,apontando com o polegar pra dentro.
- Claro,precisamos conversar,né? – Também se levantou.
Nos dirigimos à sala,enquanto ele procurava algo para se encostar,encontrou uma pequena janela,suficiente para coloca seus cotovelos e se inclinar para var lá fora. Me encostei na parede perto,suspirando,como se uma sensação de alívio tomasse conta de mim,resolvi começar com a sessão de perguntas:
- Algum tempo atrás,você queria conversar comigo. Sobre o que era? – olhei para o teto,fechando os olhos logo depois,esperando,ele continuou:
- Você vai entrar no parque das rosas no próximo ano? – ele perguntou,abri meus olhos e o procurei,ele ainda olhava para fora.
- Provavelmente não. Não tenho por que entrar num colégio sem motivo algum. – parei um pouco,respirei,e depois segui – Por quê?
- Bem,você foi confundido com o Brendo,não foi? – ele se virou para me olhar.
- Brendo? – Pensei que ele não soubesse de nada. Estava errado.
- O irmão gêmeo do Matheus. Agora,eles sabem que você tem relação com eles,não vão te deixar em paz. – ele me olhava nos olhos,em clima tenso.
- Não pretendo fazer nada sem motivo,mas concordo que talvez o lugar mais seguro seja o olho da tempestade. – o olhei,tentando não parecer irônico.
- Bem,faça como quiser,afinal,eles são os Thunderbolts. – ele saiu e voltou para a mesa,expressava seriedade,não tive tempo de perguntar mais nada,aliás,não consegui perguntar mais nada. Resolvi voltar ao meu lugar ao lado de todos e conversar,já era quase meia noite,deveríamos nos desejar nossos votos natalinos. Greg me deu as costas,mas não parecia irritado,continuamos conversando normalmente,já era meia noite.
Um feliz natal em meio a todos,desejando “tudo de bom” a tudo e todos,foi uma noite maravilhosa,Lolly e João resolveram passar a noite aqui. Matheus e Bruno foram embora mais cedo,logo depois de desejarem seus votos natalinos. Resolvi,então,voltar para cassa,algo bem fútil,subi as escadas pensando no que fazer no próximo ano,se eu conseguiria proteger aqueles que eu amo,mas não só isso,se eu conseguiria me proteger.
Abri a porta e acendi as luzes,adentrei o apartamento em passos sem ritmo,abri a porta de madeira do meu quarto,fechei-a logo depois,coloquei o meu pijama e me deitei,sem me preocupar com nada,em alguns minutos adormeci. Alguns minutos ou horas se passaram,mas eu estava acordado,eu pelo menos achava que estava,senti as mãos de alguém nas minhas costas,me virei para ver,só podia ser uma pessoa: Emily.
Ela me abraçou e me acolheu,seu rosto parecia preocupado,me abraçou de forma que eu não conseguisse ver seu rosto,mas sabia que ela estava preocupada,assim,sentindo o cheiro dela por alguns instantes,adormeci novamente.
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6 comentários:
Jorge, muito obrigada, esse capitulo foi demais ^^ amei cada pedacinho. Bem que essa festa poderia acontecer com todo mundo junto, ia ser muito divertido! Imagino o pessoal num karaoke uasuhasuhsa
Vc está de parabéns ^^ Não vejo a hora de ler outro capítulo.
o cap ta bom \o/
qria q acontecesse msm o q aconteceu comigo e ca lolly ai t.t
eu achei um monte d erro ai... qro recebe por trabalha como revisador >.>(WTF?)
continua escrevenu, qro le logo o cap 6 @.@'
Vindo de mim,o máximo que você vai receber é um chute e cinco centavos de brinde,não,é so brincadeira,eu te escravizo mesmo. :D
Muito bom cara.. ansiosa pelo próximo capítulo... =)
Opa, que capítulo legal! Cheio de namoricos! Hehehe.
E ei! Que conversa curiosa entre o Jorge e o Greg. Irmão gêmeo do Matheus? Thunderbolts? Hm... Estaria a história dando uma guinada para alguns mistérios? Hehehe.
E que coincidência. A primeira história (era em quadrinhos) que eu já inventei na vida se chamava justamente Thunderbolts. Era sobre um grupo de amigos com poderes que viajava pelo espaço em uma nave e tal. E cada um deles era baseado em um amigo meu (e um deles em mim, claro). Hehe, na verdade tinham os mesmos nomes que nós.
capitulo romantico (ficou perfeito)
emfim, gostei tanto desse capitulo.
ficou engraçado.
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